
Se você andava de ônibus por Goiânia entre o fim dos anos 80 e ao longo dos anos 90, provavelmente já pegou um Caio Alpha com chassi Volvo B58. Eram comuns nas linhas mais movimentadas, sempre carregando uma multidão com dignidade — ou pelo menos tentando, em uma época sem ar-condicionado e com muito sol goiano na cabeça.
Sobre o modelo:
Compatível com: Fase 2
Tamanho: ~105MB – Leve, funciona na maioria dos celulares.
Opções:
Créditos Gerais:
Projeto: Ronaldo Aguial – Designer
Conversão para fase 2: Alexsandro Leite
bancos: L3D Mods
suspensão, freios, caixas de marchas e motor: Gabriel Barbosa
Sons: –
Conversão: Marceleza
Skin: Marcos Vinicius
Edição para Volvo: Marcos Flávio (Tempesty Models)
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Um ônibus com presença
O Caio Alpha não era só mais um ônibus. Ele tinha um desenho limpo, com aquela frente reta e robusta que passava respeito. As janelas eram grandes e, quando abertas, davam conta do calor melhor do que muita ventilação forçada moderna. O visual seguia o padrão de pintura de Goiânia: tons de cinza e azul com faixas laterais que, para quem vivia na cidade, eram imediatamente reconhecíveis. Só de ver na esquina, já dava pra saber: “é o meu”.
Mecânica que aguentava o tranco
O que fazia o Caio Alpha brilhar mesmo era o conjunto com o Volvo B58. Esse chassi tinha motor traseiro, suspensão a ar e uma durabilidade que impressionava. Podia estar cheio, subindo ladeira ou encarando buraco, ele ia. Os motoristas adoravam — o motor roncava bonito, com aquela força tranquila que só os Volvo da época tinham.
Para o passageiro, isso fazia diferença. A suspensão era mais macia, o barulho do motor lá atrás deixava a viagem mais silenciosa, e a lotação parecia um pouco menos sufocante quando o ônibus não ficava tremendo todo a cada buraco.
Parte da cidade
Mais do que um veículo, o Caio Alpha foi parte do dia a dia de Goiânia. Estava nas rotas do centro, nos bairros, nas linhas expressas que cortavam a cidade de ponta a ponta. Estudantes, trabalhadores, aposentados — todo mundo embarcava nele em algum momento. Muitos até se lembram do som das portas pneumáticas se fechando, ou do estalo do freio a ar quando ele parava no ponto.
Ficou na memória
Hoje, dificilmente se vê um Caio Alpha circulando. Alguns ainda resistem em cidades menores ou em serviços de transporte alternativo. Mas para quem viveu aquela fase, eles ficaram na memória como símbolo de um tempo em que o transporte coletivo ainda tinha um certo charme — mesmo sem frescura.
O Caio Alpha Volvo B58 marcou época em Goiânia. Não era perfeito, mas cumpriu seu papel com dignidade e deixou saudade. Quem pegou, sabe.